Um percurso…

Aprendizagem assistida pela Avaliação

Tradução-síntese do artigo: Hadji, C. (1990). L’apprentissage assisté par l’évaluation (A.A.E.) mythe ou réalité?. Cahiers Pédagógiques, 281. pp. 20-23.

A avaliação é uma ferramenta formidável de formação e uma ajuda preciosa face às aprendizagens.
3 fases da AVALIAÇÃO:
Testagem: 1920-1940: – período caracterizado pela pesquisa de instrumentos mais objectivos de controlo dos resultados e dos desempenhos
Medida: 2ª Guerra Mundial – desenvolvimento de uma tecnologia da educação e tomada de consciência da importância da formulação de objectivos observáveis
Avaliação: interrogação sobre os significados das actividades educativas e sobre a coerência dos sistemas e do seu rendimento
–> necessidade de reflectir sobre o bom uso pedagógico da avaliação – etapa da avaliação formativa (1967 – …)
COMO COLOCAR AS PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO NO QUADRO DAQUILO QUE PODEREMOS CHAMAR “APRENDIZAGEM ASSISTIDA PELA AVALIAÇÃO” (AAA).
Qualquer acto de avaliação pode construir-se em função do uso social que será feito dos seus produtos (orientação do aluno relativamente ao seu futuro, alimentar o diálogo pais/professores/alunos e facilitar a aprendizagem. Nesta última etapa, há um primado deste último uso.
A fase da AAA caracteriza-se por uma dupla convicção:
– a avaliação pedagógica está ao serviço das aprendizagens;
– para isso, ela deve organizar-se de forma pertinente.
No contexto didáctico, a avaliação pode colocar-se ao serviço da aprendizagem seja de forma directa esclarecendo a actividade daquele que aprende, seja de forma indirecta esclarecendo as escolhas daquele cuja missão é facilitar as aprendizagens. Mas como?
Allal demonstrara que qualquer processo de aprendizagem implica o funcionamento de um mecanismo de regulação envolvendo dois aspectos ou dimensões: uma dimensão de feedback: situar-se em relação ao objectivo; e uma dimensão de orientação ajustando a acção. Como articular feedback e orientação?

Forças e fraquezas da AAA
. o julgamento da avaliação é um acto de comunicação (dois tipos de informação: a posição relativamente a um objectivo e as razões dessa posição)
. o feedback não deve ser cortado à regulação (a avaliação não é um fim em si mesma). Podemos falar de regulação a longo prazo, interactiva…
Dificuldades:
– interpretar (compreender os erros que afastam o aluno do objectivo)
– saber (é necessário ter um modelo da tarefa a desempenhar, do objecto ou objectivo em vista e, também, um modelo do funcionamento daquele que aprende).
– inventar (criar um método de definição e operacionalização dos objectivos, uma técnica de aproximação ao objecto).

Reflexão da AAA:
. como despoletar um comportamento?
. como observar uma acção?
. como comunicar um julgamento?

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