Um percurso…

Histórias de usos das TEC EDU (o meu contexto)

Hoje desabafo.
E partilho aqui o que escrevi na Rede Interactic 2.0.

“Hoje quem desabafa sou e 😉 e este desabafo vem um pouco na continuidade da nossa troca de ideias sobre recursos educativos digitais produzidos por professores ou comerciais como os da Porto Editora (e que já continuámos a propósito do Magalhães, recorda-se?

Eu gostaria que uma das minhas utopias ou sonhos (o termo usado depende de querer dar uma visão mais ou menos positiva) do que penso e sinto sobre as tecnologias educativas fosse acreditar que a simples existência de recursos maravilhosos como a Escola Virtual fosse a chave de ouro para a mudança de postura de alguns professores, para uma mudança efectiva de estilos de ensino e aprendizagem, para uma entrada mais definitiva da escola no século XXI.Mas… não é! Conto-vos a minha história e o episódio que acaba de me acontecer hoje.

Para quem anda nisto da utilização em contexto educativo dos computadores e da Internet desde 2002/2003 a existência da escola virtual é um oásis. É um recurso com uma extraordinária qualidade que eu posso usar de modo crítico mas que está ali, com uma qualidade técnica que eu sozinha não conseguiria atingir, sendo que a qualidade pedagógica vai depender – e isso é importante não perder de vista – do uso que eu lhe der.Este ano a minha escola adquiriu uma série de assinaturas da escola virtual. O ano passado já o 2.º ciclo tinha usado; este ano (eu não fui consultada apesar de ser talvez a mais conhecedora da escola em termos de TE o que é bom pois significa que há um interesse acrescido de outros profissionais) a escola optou por adquiri uma série de licenças para professores. Eu, na minha ingenuidade, pensei que era adquirido um acesso por escola, para todos os alunos e todos os professores. Enganei-me! é à peça e por cabeça. Era só para alguns. Descobri-o quando pedi os meus dados de acesso. A resposta foi que eu não tinha pois tinham considerado que, como já produzia muitos recursos e sabia muita coisa (as palavras foram mesmo estas) não precisava. Então na minha área (LP) havia duas pessoas com acesso (a coordenadora que é do 2.º ciclo e uma colega do 3.º que me podiam emprestar o seu acesso – ooppsss, se calhar isto não era para dizer – desde que não usássemos em simultâneo (o que pelos vistos é impossível – hei-de experimentar).E pronto, mal apanhei há pouco a dita colega, pedi-lhes os dados. ela ficou tão surpreendida como eu ao saber que eu não tinha um login próprio. Deu-me os dados copiados à pressa numa folha, que estavam errados. Fui à promotora da iniciativa, pedi e já acedi.Ora, eu… a tal que não precisa… se tivesse aqueles dados na minha mão, já tinha arranjado 10 minutos para entrar, para explorar, para conhecer, para prever, para preparar….E é por ter esta atitude que eu sou a tal que já tenho muitas coisas feitas e já sei muitas mais….Não é porque tenha feito o mestrado em TE porque aí aprendi outras coisas muito importantes mas nem sequer foi o mestrado que me tornou mais sensível.O que me torna diferente de alguns mas tão próxima de tantos profissionais (todos os que encontro aqui nesta Rede, por exemplo) é uma vontade de mudar, de fazer diferente, é o entendimento de que não se pode ensinar da mesma forma, é a consciência do que já existe e o desejo de o usar, seja produzido por mim ou pela Porto Editora ou seja por quem for, sempre com um enorme respeito pela autoria alheia.

Obviamente que fiquei triste e obviamente que me sinto hoje mais extra-terrestre do que nunca mas… sabem uma coisa, o mais importante é que eu tenho o acesso da escola virtual e SIM, eu VOU USAR e com muito prazer e para enorme satisfação dos meus alunos que vêm motivados para as minhas aulas e me fazem uma professora feliz!”

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2 thoughts on “Histórias de usos das TEC EDU (o meu contexto)

  1. Anonymous

    Prof. Teresa:
    compreendo perfeitamente a sua frustração… o querer fazer mais e melhor e, da parte de quem "manda", não haver um "feedback" positivo a esse querer!… (também eu estou a passar pelo mesmo!)
    e aprecio a sua atitude positiva perante as barreiras que se levantam à vontade de mais, de melhor, de mudança. como diz, e bem, hoje «não se pode ensinar da mesma forma»… este nosso querer em fazer as coisas de maneira diferente, misturado com a paixão pelo que se faz, talvez seja isso que leva a que os alunos venham motivados para as aulas e façam de nós professores felizes, como também afirma neste seu "desabafo".
    FORÇA! não desista!

  2. Fátima

    Oi,Teresa:
    eu também tenho algumas histórias tristes como esta sua.
    Mas, ao ler o que te aconteceu, fiquei emocionada com sua garra.

    Que coisa, não? Não te darem, o acesso porque vc sabe muitas coisas,quando deveria ser o contrário, para motivar a todos na escola.

    Que bom que não desistes!!!
    E,por isto,e por tudo de bom que tens feito,nós estaremos sempre aqui no Brasil,te aplaudindo.

    Beijos

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