Narrativas digitais ou a minha “estoria” com Mario Aller
Na minha vida, tenho tido vários encontros felizes.
Muitos deles começam por ser apenas eventos na área profissional que depois, por acasos diversos, se transformam em gostosos momentos da vida pessoal.
O meu encontro com Mario Aller começou com a linha de um poema… um verso que cabia nos 140 caracteres do Twitter e… tem sido assim:
Começámos por nos conhecer apenas no Twitter, casualmente; uma portuguesa amante de poesia e com algum trabalho realizado no domínio das tecnologias educativas que publicava links dessa área e um galego, também professor e amante de poesia. Do Twitter, o Mario passou a visitar-me no blogue pessoal que mantive até Agosto de 2009, o Blogicamente. E mais do que uma visita, tornou-se uma descoberta; de tal maneira que por essa altura decidi terminar o blogue: tinha-me trazido pessoas e emoções fantásticas – de que o Mario já fazia parte – mas… a verdade é que começava a sentir-me demasiado exposta. Renovei o outro blogue (este em que escrevo) e passei a publicar apenas aqui. Os textos pessoais passaram a resumir-se a alguns poemas que, ocasionalmente, deixo na minha página do Facebook ou publico em volume no meu cv.
Não é a primeira vez que escrevo sobre o Mario Aller e o seu trabalho; fiz-lhe uma referência aqui por causa de uma ferramenta que descobri pela sua mão e apresentei-o melhor neste outro post. Rapidamente o convidei para integrar a Interactic e consegui, por essa altura, que divulgasse uma foto sua.
Com o Mario tenho aprendido a importância de uma reflexão séria mesmo sobre as coisas aparentemente mais simples; tenho aprendido que a leitura e a escrita devem ser sempre o nosso fim último como professores; tenho aprendido sobretudo que a magia está ao virar de cada esquina e que tem um poder de transformação do mundo extraordinário.
Lembro-me como se fosse hoje da sensação que experimentei quando visitei pela primeira vez o blogue que o Mario mantém, espelhando o seu trabalho com os alunos: impossível não nos apaixonarmos por esse trabalho, pelo amor que se sente naquilo que se faz, prepara, reflecte, se dá. A “Escola de Ismail” já está na segunda edição e pode ser visitada aqui:
Em simultâneo, o meu amigo galego mantém o blogue “Contomundi” onde nos fala, novamente, de uma forma apaixonante, de narrativas digitais. O blogue tem sido o concretizar de uma nova fase do seu trabalho já iniciado no projecto premiado “Contos populares, lengua y escuela” que pode ser lido aqui.
Deixo-vos um pouco desse texto premiado em 2001 com o Prémio Inovação Educativa:
“Ocurrió hace miles de años. Sentados de noche alrededor del fuego de una hoguera, mientras nuestros antepasados nómadas se alimentaban con la carne de los animales cazados, comían frutos silvestres o reparaban sus armas y herramientas, comenzaron a surgir los primeros relatos que manifestaba la memoria de la vida. Lentamente, con el paso de los siglos, aquellas historias orales de realidad y enigmas fueron entrelazándose hasta formar un inmenso tapiz de mitos y leyendas, pero sobre todo de cuentos.
A partir de esa época, que algunos llamaron la infancia de la humanidad, el cuento empezó a transformarse en algo muy parecido a un archivo de datos y de testimonios, que servía para ordenar las informaciones más relevantes y necesarias de cada pueblo. Era como un ADN cultural. Una información inconsciente y hereditaria para adaptarse a un mundo que en todo momento resultaba impredecible. Nació de esta forma el primer escenario del lenguaje: la palabra oral y emigrante, que se difundía por la superficie de la Tierra ayudada por el desplazamiento de las comunidades humanas primitivas.”
Recentemente, no blogue “Contomundi” o Mario publicou uma síntese de uma parte importante do seu trabalho onde reúne uma série de pequenas ajudas para a construção de narrativas (digitais ou não) na sala de aula. O documento, disponível no slideboom, tem o título “Accesorios para inventar historias en el aula” e, com a devida autorização, pôde ser traduzido por mim para português.
Finalmente, não posso esquecer que o Mario é o grande responsável pela divulgação em Espanha (e para os países de língua castelhana) do meu Projecto “Viagens literárias” que descreveu não só no seu blogue pessoal mas também no Portal espanhol sobre Tecnologias Educativas (ler). Grazas, Mario!
Recomendo não só a sua visualização mas a sua utilização e, se ainda não o fazem, sigam o trabalho do Mario (http://twitter.com/m_aller).

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Oi Teresa.
Tb conheci o Mario Aller no twitter. Tenho estado atenta ao seu trabalho e gosto imenso. Recentemente, adicionei-o no facebook. Mais uma grande inspiração sem dúvida.
Cristin@
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