A era do vídeo?
A julgar pela conferência Media & Learning 2016 que teve lugar nos últimos dois dias em Bruxelas, estamos definitivamente na era do vídeo. Percorrendo o programa percebemos facilmente que são três as grandes áreas de trabalho e preocupação quando se fala em Media e Aprendizagem: as redes sociais, as potencialidades do vídeo e os radicalismos mas, no final, das contas, o vídeo ganha as apostas.
Numa conferência que não me encheu as medidas mas de onde, ainda assim, consegui trazer uma ou duas ideias e pelo menos a vontade de concretizar um projeto (sim, confesso, uma simples adaptação de um recurso que conheci hoje) houve empresas a mostrar o seu savoir faire e o potencial das suas ferramentas e recursos para a inovação em sala de aula (nos ensinos básico, secundário ou superior), projetos de investigação a revelar os seus resultados (entre eles o Clima@Edumedia da Universidade do Porto) e diversas entidades públicas e privadas, de vários países da Europa, a apresentar as suas iniciativas na promoção da literacia mediática. Houve também lugar para a atribuição dos MEDEA Awards, iniciativa na qual tive o prazer de integrar o júri pela segunda vez.
Entre os premiados, na categoria profissional – leia-se empresas – ou não profissional – leia-se professores – houve uma forte presença da linguagem visual. Dois dos projetos vencedores nesta segunda categoria estavam relacionados com a aprendizagem de línguas e utilizavam o vídeo como veículo de aprendizagem ou comunicação ou, ainda, envolvimento das famílias. O terceiro projeto colocava a ênfase na música.
Gostei bastante de ver entre os premiados um projeto eTwinning provando, uma vez mais a extraordinária colaboração entre os professores da Europa e a criatividade que entre eles promovem.
Entre os vencedores das empresas destaque para os trabalhos Magna Carta e Science Bits cujo sucesso sem dúvida assenta no uso que faz da linguagem vídeo.
No que respeita às redes sociais, regresso com a confirmação de que urge a definição em todos os agrupamentos de uma política de acesso digital (mais vasta que para as redes sociais apenas) e que a participação de Portugal em projetos como o e-Safety Label ou iniciativas como o Seguranet coloca-nos a par de tudo quanto se faz por toda a Europa.
Realizei, como sempre, através do Facebook a partilha de grande parte das ideias e projetos que tive oportunidade de conhecer. Espero que essa partilha, como em outras vezes, possa dar frutos.

- Sobre Avaliação. Escrevi hoje no Facebook:
- Regressar à reflexão e à escrita. Muito lentamente.