Um percurso…

AF versus Aval. certificativa – Aval. de Competências

Tradução-síntese do artigo:
PERRENOUD, Philippe (2001). Évaluation formative et évaluation certificative, des postures définitivement contradictoires ou complementaires? Formation professionnelle suisse, 4. pp. 25-28.
Também disponível em http://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/php_2001/2001_13.html

[leitura complementada por:
Santos, L. (2002). Auto-avaliação regulada: porquê, o quê e como? In Paulo Abrantes e Filomena Araújo (Orgs.), Avaliação das Aprendizagens. Das concepções às práticas (pp. 75-84). Lisboa: Ministério da educação, Departamento do Ensino Básico. Também disponível em http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/msantos/textos/DEBfinal.pdf Consultado a 21 de Setembro 2006.
e
SANTOS, Leonor (2003) Avaliar competências: uma tarefa impossível? Educação e Matemática, 74, 16-21. Disponível em http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/msantos/Comp.pdf Consultado a 18 de Setembro 2006.]

Motivos da contradição entre AF e Avaliação certificativa (ACert):
– a AF segue uma lógica de regulação, tendo como objectivo apoiar os processos de aprendizagem, ajudar o aluno a aproximar-se dos objectivos de formação (trabalho cooperativo)
– a ACert é vista como o derradeiro julgamento, tendo lugar no final de um ciclo de estudos quando já não há tempo para aprender mais.
Esta contradição leva à dissociação dos papéis do professor-formador e do avaliador.
Além disso, coloca obstáculos no contexto escolar:
. seria necessário um número enorme de avaliadores para avaliar a população escolar
. valorização dos exames escritos e orais
. competição entre escolas

passagem de um tempo de desconfiança para uma Avaliação autêntica = Wiggins (ver aqui revisão artigo) cujos traços principais são:
-a avaliação apenas inclui tarefas contextualizadas
-a avaliação debruça-se sobre problemas complexos
-a avaliação deve contribuir para que os alunos desenvolvam as suas competências
-a avaliação exige a utilização funcional dos conhecimentos disciplinares
-na avaliação de competências não são fixados limites temporais
-a tarefa e as suas exigências são conhecidas antes da situação de avaliação
-a avaliação exige alguma forma de colaboração entre os pares
-a correcção toma em consideração as estratégias cognitivas e metacognitivas utilizadas pelos alunos
-a correcção apenas toma em consideração os erros importantes sob a óptica da construção de competências
– os critérios de correcção são determinados fazendo referência às exigências cognitivas das competências visadas
-a auto-avaliação faz parte da avaliação
-os critérios de correcção são múltiplos e dão lugar a várias informações sobre as competências avaliadas.
Esta concepção pertinente dos conhecimentos torna-se incontornável para as competências, oferecendo o melhor meio de reconciliar observação formativa e avaliação certificativa.
Uma competência não é uma simples aptidão para realizar um gesto difícil mas definido anteriormente. Trata-se de escolher, construir, adaptar, i.e., de criar o gesto apropriado. Frequentemente é uma estratégia de acção feita de operações mentais e de gestos mais visíveis.
A noção de competência está no cerne da toda a formação profissional, na escola ou no trabalho e exige duas condições:
. a aquisição de recursos cognitivos (saberes e saberes-fazer);
. a capacidade de mobilizar esses recursos
Como avaliar?
– observar em contexto real e circunstancias diversificas
– interrogar não para verificar os conhecimentos mas para compreender porque se faz de um determinado modo.
OF e ACert poderão ser, assim, duas fases do mesmo trabalho.
[problemáticas da observação, d avaliação e certificação]

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