Um percurso…

A Escola (des)Arrumada

Não sou uma pessoa que vá atrás de primeiras impressões; ou que se deixe criar grandes expectativas. Confesso, contudo, que hoje ao entrar na escola finlandesa onde está a decorrer parte do curso sobre “Ambientes de Aprendizagem” que vim frequentar, me surpreendi. A escola está em obras e arrumações de verão. Nada estava no seu lugar; estantes vazias, caixotes de livros, mesas e cadeiras empilhadas, materiais de construção, uma confusão enorme.

Depois do choque inicial, pensei: “Isto só pode ser uma metáfora!” Algo assim, ao acaso, para me fazer pensar. E, de facto, …. pensemos: não queremos sempre uma Escola em construção, uma Escola que saiba re-inventar-se, uma escola que saiba aproveitar os momentos de pausa para se re-pensar e re-organizar para o Futuro?

E foi com esta certeza que entrei na sala; não tirei ainda muitas fotos com uma panorâmica da sala mas o que temos não é muito diferente do que conhecemos em Portugal: dois quadros brancos, um projetor, computador na mesa do professor, estantes, livros, …. ah! espera nesta sala as mesas são individuais e perfeitamente reconfiguráveis, as cadeiras são almofadadas e têm rodas. As mesas estão organizadas em grupos de 4. Num canto, meio escondido está um armário onde carrega uma dúzia de iPads e outra de tablets Samsung com teclado. E, por agora, é tudo. Mas é bastante.

O dia foi preenchido com a caracterização do sistema educativo finlandês e das suas  escolas depois de um excelente retrato da história da Finlândia. Tivemos dois intervalos para café e um almoço partilhado na cozinha da Escola (sim, aulas de economia doméstica fazem parte do currículo e nós estamos numa escola secundária).20150726_162456

Em seguida, demos início à apresentação dos sistemas educativos e das escolas dos diferentes países presentes: Eslováquia, República Checa, Chipre, Bulgária, Espanha, Itália, Turquia, Portugal e Lituânia. Curiosamente, demos conta de uma atitude comum, todos íamos comentando o que era semelhante e tomando nota daquilo que merecia a pena conhecer melhor para replicar. Apesar das diferenças dos diversos sistemas, foi algumas vezes referido o desejo de melhorar a criatividade dos professores e a sua competência na utilização das tecnologias de modo a promover a melhoria das aprendizagens. Como tal, alguns dos colegas mencionaram a plataforma de colaboração entre as escolas europeias, o eTtwinning.

O dia de trabalho terminou com a revisão do programa da semana que vai incluir visitas as escolas e formação na área das tecnologias com recurso a iPads e trabalho colaborativo.

Amanhã, espero continuar o relato.

 

 

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